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sábado, 6 de junho de 2020

O milho cortado e a previsibilidade das crianças



Minhas filhas tem muita dificuldade em experimentar qualquer tipo de legumes e frutas, desde bebê sempre comeram de tudo, mas depois dos 2 anos em diante começou o processo de seletividade, aff.

Há algum tempo a Bárbara começou a demonstrar interesse por milho, aleluiaaaa, todas as vezes que vou ao mercado não posso deixar de comprar. A propósito, na última semana eu aproveitei e comprei logo 3 pacotes de milho porque a última vez até o pai delas reclamou que ficou sem milho, visto que a filha tinha devorado todos, ebaaaa.

Bom, fiz dois pacotes logo de uma vez, exatamente para não ter reclamações, limpei os milhos, cortei ao meio e cozinhei todos, era milho hein. Ainda bem que a irmã também já demonstrou interesse, pelo menos isso: são iguais, aiaiai, o pai também. É bem difícil aqui, a feira que faço se perde porque só eu devoro os legumes em casa.

Como estou trabalhando no período da tarde nessa quarentena, que já virou "setentena" haha, deixei os milhos cozidos na geladeira e ofereci os primeiros, hummm, amaram.

O papai esqueceu de oferecer novamente os milhos na hora do lanche da tarde e eles ficaram para o dia seguinte. Ao oferecer novamente Bárbara já disse que o milho estava estranho, com a água estranha (água?), entreguei ele seco dentro de um prato para ela.

Conclusão do dia: adivinha para onde foram os milhos? Sim, para o lixo, a irmã ouviu ela falando que o milho estava estranho e também não quis mais. E o papai? Reclamão, também esqueceu de comer.

E o terceiro pacote? Ah, pensa que eu esqueci? Não, resolvi fazer alguns dias depois, mas dessa vez não cortei os milhos, pensei, ah elas vão adorar um milho inteiro...grande.....Cozinhei e ofereci. Elas ansiosas pelo milho. Eu fiquei super feliz e orgulhosa.

Quando viram o milho grande, sempre a Bárbara: "mãe..." - suspense (já infartando na cozinha só em adivinhar). "Fala, filha...". "Esse milho é muito grande, gosto de milho pequeno, mãe... não quero".

A Maria vai com as outras da irmã, também não quis. Nessa hora, bufando, fui para o quarto para não surtar na frente delas e pensei: gente, nada funciona com essas pessoas, não sei mais o que fazer. Pensei: mamãe respira, não pira, quem mandou você não cortar o milho dessa vez, sempre deu certo cortado, por que você inventa moda hein? Aff, tudo bem, a culpa foi minha dessa vez.

Voltando para a sala, meninas já comeram o milho? Sumiu? Cadê? "Mãe, ele tava ruim e grande e eu joguei no lixo". 😱 "Eloá, cadê o seu milho?" "Mãe, eu joguei no lixo porque era muito grande."

Mamãeeeeeeeeee, respira, não pira.

Dá próxima vez vê se aprende a não cortar o milho mamãe.

A psicóloga esqueceu que crianças pequenas gostam de previsibilidade e não de inovações, principalmente no que diz respeito a alimentação delas.

É manhê

O bolo de abobrinha e a angústia materna pela alimentação saudável


Durante esse período de isolamento social eu, em meio as minhas novas artimanhas de mãe de duas meninas, me vi obrigada a criar novas rotinas para entretenimento das pessoinhas. Tadinhas, pressas em um apartamento de 70 metros quadrados há mais de 2 meses não é fácil para ninguém, ok?

Eu amo cozinhar sim, mas não todos os dias, aff. Pensei em inventar novas receitinhas para as pessoinhas começarem a provar novos sabores, principalmente aqueles que elas sempre recusam: 😏 legumes. 

Fui me aventurar em fazer um bolo de abobrinhas, hum, imaginei o sabor, eu adoro legumes. Bom, começou o preparo e a Bárbara - 5 anos - veio e me perguntou se eu estava fazendo um bolo; e eu disse que iria sim fazer, eu cortando as abobrinhas não poderia confirmar que já havia começado, óbvio, ela não comeria um bolo de abobrinhas. 

Bom, fiz o preparo, mas eu sempre tenho um leve problema culinário: sempre suspeito que exagero nas minhas receitas haha. 

Bolo já no forno, quase não coube na forma aiaiai, realmente exagero até no tamanho da massa, simplesmente, eu acreditava. 

Passaram-se 40 minutos e o bolo mole, aff, o que eu fiz de errado dessa vez? Sabe-se lá, muita massa, lembra? quase não coube na forma, ah tá. 

Vamos esperar mais um pouco......mais 40 minutos e o cheiro de bolo queimado, ai, deu tudo errado mesmo haha, nada, só o excesso de bolo caindo para fora da forma haha, ufa. 

E já se foram 1 hora e meia e o bolo nada, mole, ai droga, não consigo fazer nada saudável para as minhas filhas, que saco! 

Lembrei, acho que foi excesso de abobrinha e ele não vai ficar bom, vai virar um pudim, snif. 

Dito e feito, virou um pudim de chocolate; claro, não contei, tive que colocar chocolate em pó para elas não perceberem que era de abobrinha haha. 

Falei para as meninas, vamos colocar cobertura de chocolate com MM´s? Hum, vamosssssssss, aquele entusiamo ecoou pela casa inteira, ai que lindo elas vão amar meu bolo camuflado haha. 

Bolo pronto, cheio de MM´s e chocolate derramando da bandeja, vai ser lindo, elas vão amar! 

Logo escuto ao fundo: "mãe? que bolo é esse? parece bolo de caneca". (não sei de onde tirou isso). Bolo de caneca, filha, não, é um bolo de chocolate diferente do da vovó. 

"Ai, mãe, não gosto de bolo de caneca"....a irmã, Eloá de 3 anos, escuta e olha para o seu pedaço e diz: "Também não gosto de bolo de caneca, mãe". 

Lá se foram minhas quase 3 horas de dedicação a algo diferente e estimulante para saborear durante esse isolamento social, que me faria muito feliz por ser um alimento um pouco mais saudável. 

Moral da história: mamãe respira, não pira, vai passar...outra dia vai dar certo.

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